quinta-feira, 1 de julho de 2010

quando cheguei em casa, a porta estava aberta
invadi, mesmo que com medo,
a própria cozinha:
mas não havia ninguém.
(mesmo)

meu amor,
eu realmente esqueci de trancar as fechaduras.
pelo vão, passaram-se anos,
quadros, corredores,
copos de vidros,
labirintos de fauno,
crianças correndo em branco.
com isso,
escorreram-se grãos de desejo e delírio
delineando, delineando
com amplas finalidades.

meu amor,
te espero naquela ponte,
entre os lagos de brasília
e as construções do céu -
entre a minha desfolha virgem
e sua revoada ao chão.