terça-feira, 27 de julho de 2010

acontece que tenho como argamassa o sonho, e nessa construção sente-se extrema falta de um mestre de engenharia, já que as peças são colocadas randomicamente, como é próprio de todo sonho aliás. no entanto, estranha-se muito a falta do tal doutor formado, já que temos de sobra: distância, céu, pincéis, monstros de quatro cabeças e arco-íris no fim dos baldes de cimento; faltam os documentos da obra, o alvará para permitir a licença do projeto-final-sonho - os pedreiros, aliás, vâo e vêm quando bem entendem, deixando apenas uma bela moça sapatear em nas cores sobre a água - e os sonhos correm com os ventos, desrespeitando toda e qualquer norma regente de cossenos e logaritmos.