segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

as time goes by

você,

eu conheci o seu melhor e o seu pior. aquilo que você não mostra nem pra tua melhor amiga, a tua face monstruosa de dar tapa na cara, de achar que esposa é uma santa imaculada que não precisa de pau, o teu egoísmo supremo.

te mostrei os meus piores dias de depressão, de vontade de voltar pra casa, pro colo da minha mãe, onde tudo era mais seguro e eu não me sentia tão desprotegida e com medo. você. eu te mostrei o meu medo, com todas as suas unhas pintadas de vermelho. chorei no teu colo quando achei que fui uma péssima jornalista. no SEU, idiota. não corri para casa de nenhum amigo meu - coisa que não faria - nem chorei sozinha e tranquei a porta da minha alma - isso sim coisa que faria -. mas eu te respeitei e me abri.

houve erros, obviamente, somos humanos e apaixonados. ninguém sai incólume de um grande amor, ainda mais quando é tão intenso, tão forte, tão azul. be my husband, man, i will be your wife. foi isso. teria que terminar em tragédia, and i've should've seen that comin'.

as surpresas, a vontade de me conhecer. planos de dominar o mundo. risadas. oh, how we laughed. it was a fucking deal: eu te ensinava a viver com mais paixão, você me ensinava a viver com mais calma. foi tudo pro lixo. ignorado, cuspido. um amor desse tipo só poderia terminar assim. mas foi por um motivo tão ridículo, você. por uma falta de entendimento sua. ora, ora, veja só, no e-mail que você me mandou, no telefonema que você ligou, você se contradisse. ora, ora. pusessem um minuto de calma na sua coca-cola, e estaríamos juntos, agora, nessa chuva, na puta que pariu que fosse para onde iríamos.

não. estou aqui, fodida, com dois gatos, arranhada na ALMA, cara. na alma.

você.

i will survive. hey, hey.