quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

As luzes de Buenos Aires são graciosas, dançam no ar, brincam de pequenas orgias. Da minha janela no albergue, elas parecem certeiras; do casarão onde Martin me trouxe, cheias de desespero. A cidade é desorganizada, e as pessoas vivem como se um tango ininterrupto as regesse em cada esquina – gritam, gesticulam, as mãos engolem os braços, o corpo transforma-se em massa cambaleante. Ou talvez seja a enorme quantidade de vinho argentino.