terça-feira, 8 de junho de 2010

o que eu peço é apenas uma janela.

(não para me esconder
nem para empurrar lembranças afora
talvez fosse para avistar gaivotas -
mas não:
sequer seria para esfriar as dores
ou transformar palavras em uísque
quem sabe de moldura nascer
máquina de escrever, noite adentro, noite fria adentro
mas não.)

quero uma janela para firmar
suas mãos no meu rosto
para quando você virar à esquerda
o molde tomar corpo
e flutuar pela sala.