quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Vejo uma fresta de verde pela janela marrom coberta de durex do jornal. Meu corpo cheira a sexo. Minha segunda pulseira está quebrada, e de vez em quando belisca meu braço direito. Na minha mesa, àesquerda, há a foto de uma rainha sadomasô, com as pernas de foras, umolhar de vou-te-furar-com-o-picador-de-gelo e um maldito macacolambendo a tigela. É um calendário. Na tevê, homens jogando bola. Eucontinuo cheirando a sexo, e não há nada que possa fazer: já fui ao banheiro, lavei o rosto, lavei as mãos, lavei as pernas, e o cheiro não sai, não sai, não sai. Estou no limite entre o desejo e a privação.