sábado, 22 de maio de 2010

no metrô

um homem de calças de moletom pretas andava à minha frente: vinha com um boné pendurado às costas, como aqueles chapéus de escoteiro. era manco, de cabelo tricolor. ruivo, preto e branco. à sua frente na escada rolante, um teenager com uma blusa de legalização da maconha. quanta balela.

no sebo do estação botafogo, comprei dois livros do bukowski e mais um do henry miller, de quando ele volta aos estados unidos depois de quinze anos em paris. miller passou três anos revirando aquele país de cima a baixo, tentando encontrar algo que preste. voltou à europa com uma desilusão ainda maior. oh, baby. certas causas já nasceram perdidas.

no e-mail, a editora da revista que assino me avisa que posso ganhar um carro se fizer yada-yada-yada - nunca ganhei nada, a desconfiança cresce o olho. uma vez, cheguei até a última fase de um concurso da reader's digest. desisti no meio do caminho.

não tenho ouvido falar de você por esses dias, terá se perdido no caminho entre londres e a gávea? bom, de qualquer forma você sabe onde