quarta-feira, 19 de novembro de 2008

nesse jornal, a hora não passa; o relógio anda para trás, é o impossível. a moça de cabelos loiros que reclama do judiciário já suspirou 274 vezes apenas entre 14h e 19h51; o argentino conquistador barato chegou, foi embora, e agora está ao telefone, preparando-se para encontrar com a namorada (quinta? quarta?); após o chefe de país ter corrigido o erro gramatical que não existia, desisti de ouvir os vizinhos de computador. a rosa da garota de cidade murchou e ela ainda não percebeu. as televisões estão desligadas, e a chuva transborda do lado de fora. o menino dos doces veio tarde demais, quando já estava em outro plano astral - vamos analisar a cena do crime, mergulhei fundo -, o ministro deu outra declaração, as horas não passam, os minutos não passam, são que horas mesmo? 19h57.