quarta-feira, 7 de maio de 2008

não consigo dormir há três dias; deve ser o meu cosmos mal influenciado por urano entrando na quinta casa (não sei o que isso significa; minha mãe, sim, ela é astróloga). reviro-me no lençol azul, estabelecendo contato com músicas antigas, personagens da idade média e vizinhos desavergonhados. também tento uma comunicação com as partes íntimas do meu cérebro, mas elas não estão a fim de muito papo esses dias - as feridas ainda não cicatrizaram. tentei ver um filme anteontem, mas, oh paradoxo, a tela 14' irrita, a maior especulada por mamãe me agonia. voltei para o lençol azul e os contatos de quinto grau com personagens da frança, século XVII. ou até de salvador, típicos trovadores medievais querendo estabelecer contato à força. sorry, but no. sou desejosa. de quê, pergunta maria antonieta em forma de gato, e pior, em uma nova versão masculina, mas ainda com acessos de futilidade. de perigo. essas quatro paredes até que são interessantes quando o problema não é com elas, já que são quatro paredes feitas para serem nada mais que quatro paredes; e a cidade, fazer o quê dela? transformou-em duas paredes: ida e volta.