quarta-feira, 14 de maio de 2008

se me permitem,

"Quanto a Ema, não se interrogava para saber se o amava. O amor, no seu entender, devia surgir de repente, com ruídos e fulgurações, tempestade dos céus que cai sobre a vida e a revolve, arranca as vontades como folhas e arrebata para o abismo o coração inteiro. Ela não sabia que nos terraços das casas a chuva forma poças quando as calha estão entupidas, de maneira que se pôs de sobreaviso, até que subitamente descobriu uma fenda na parede".

Madame Bovary, Flaubert.