domingo, 8 de abril de 2007

elizabethtown.






chove para ca-ra-lho aqui em casa. eu tô achando tudo tão bonito. tava com saudade da chuva, saudade do cheiro da chuva. ontem eu assisti ao elizabethtown. e foi uma das coisas mais ridículas que eu já vi e ouvi na vida. só vale pela trilha sonora do cameron crowe. toda aquela merda sobre pessoas 'substitutas.' como se aquilo fosse o ó do borogodó - ser indie agora é andar com uma boina vermelha em pleno dia de sol e se frustar amorosamente. babe, você só é o substituto se _você_ quiser. e para mim, ficou bem óbvio que a menina da boina vermelha achava o _chiquê da estação_ ser a substituta. você pode chorar, se desesperar, enfiar a cabea no travesseiro e chorar até dois mil e vinte, mas todo mundo sabe quando se está substituindo algo ou alguém. e só fica porque quer. porque quer sofrer. porque prefere aquele ínfimo de atenção dispensada do que lutar pela verdadeira felicidade, pela atenção. e se contenta em ser uma maleta num dia de chuva. eu não quero que alguém me ame, apenas. eu quero alguém que venha atrás de mim, que me diga 'a vida não tem sentido sem você'. que me faça entender as grandes bilheterias das comédias românticas (ou a grande bilheteria seria porque ninguém tem alguém que te faça entender a grande bilheteria?). eu quero alguém que não desista de mim porque eu não desistirei desse alguém. e por isso eu sigo procurando, e por isso me encontro sozinha num sábado à noite vendo elizabethtown.