quarta-feira, 6 de outubro de 2010

- para você ver como se publica qualquer coisa: querem lançar meu livro de poemas.

- seria a deixa de dizer "eu gosto do teu livro, L." - se eu tivesse lido. ou entendesse alguma coisa de poesia. resigno-me ao parabéns descerebrado, pois.

- poesia não se entende: se esconde junto com a camisa do ramones no fundo do armário.

- lasquei-me. nunca tive camisa dos ramones. isso dobra a quantidade de poesia que posso guardar ou me torna um energúmeno?

- parabéns. você ganhou um vale-bônus da poesia com direito até a poema-construtivista-processo.

- dá pra abrir latas com isso?

- dizem que desentope pias.

- já é útil. tem delivery?

- ih, poema-processo é cheio de marra e não vai a lugar algum. metido a estrela.

- agora com primeiro livro no prelo, então...

- o primeiro livro se livrou dessa maldição. preferiu fazer umas rimas bobinhas.

- nem tento o tento. minhas estrofes são uma catástrofe.

- todas as minhas tentativas de rima são pobres e imorais. o jeito é aceitar. (aliás, o nome do livro é 'pessoas de quem roubei frases')

- gostei do título. até compraria, se visse por aí.

- eu te dou um e você já pode desentupir pias.

- faço questão de pagar. se der defeito, quero poder reclamar com a fabricante.

- a fabricante não se responsabiliza pelos danos ao contribuinte.

- no risco, sem rede. agora tá começando a ficar divertido.

- a casa só trabalha com apostas sem devolução. sentar na mesa tem que ser sem rede.