há quem diga que pela janela vejo vida a passar;
pois eu replico: aqui há um espetáculo de cores e sons.
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vejo flores vermelhas que desabrocham na minha sala. no exato momento, não tenho saudade de nada e creio ter derrubado o muro existente entre nostalgia e realidade. como me disse uma amiga, "fala baixo para espantar o mau olhado". mas as tardes andam cada vez mais mornas, as ruas, mais vazias, os planos, mais concretos.
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a minha faculdade é um lugar tão estranho que as pessoas comentam a minha suposta depressão por ter saído de um emprego oh, tão maravilhoso. pena delas, incapazes de reconhecer um genuíno sorriso de felicidade.