domingo, 8 de março de 2009

alguns podem chamar de auto-destruição, mas simplesmente quando está tudo calmo, pressinto um problema. é preciso um furacão ou uma tormenta para me tirar de casa, e quando não há nenhuma das duas opções, apenas o rio calmo e suave, parece-me água suja.

não estou falando de problemas, veja bem, longe de mim; mas de tempos atribulados. calmaria, definitivamente, não é meu tempo predileto.

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eu gostei de slumdog millionaire, mesmo. não me senti ofendida nem creio que boyle esteja querendo fazer essa tal de crítica social. (depois de um certo tempo, a expressão ficou tão pedante, não?)

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agora, cada vez mais próxima da formatura, as inevitáveis perguntas: - o que você vai fazer depois? - vai continuar no rio de janeiro? - pretende ir para pós? - vai fazer mais um ano de PUC, mas em outra habilitação? - ou vai se mudar para londres? - já se inscreveu naquele programa de trainee? - cuidado, antes que passe o tempo!

eu. não. faço. idéia. do. que. vou. fazer. amanhã.

que dirá daqui a um ano e meio.

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minha salvador é feia e suja. suas vielas ressoam kid a, do radiohead.

meu rio é abafado e falso. como uma garota viciada em heroína que pensa estar por cima de todos, quando não consegue enxergar nem as próprias marcas.