fernando meirelles, cláudio assis e karim äinouz são tudo que eu quero ser na direção.
o cheiro do ralo não é uma obra prima. não mesmo.
não por acaso mostra uma são paulo do jeito que ela é: suja, confusa e cinza. e não naqueles tons de verde publicitários-pop do heitor dhalia. parece propaganda da mtv.
(mas, eu sou tarada pelos curtas do philippe barcinski). à exceção da trilha sonora, que em alguns momentos me fez esconder a cabeça de vergonha (e em outros foi correta), o filme é bom. bem dirigido. bem estruturado. andaram dizendo por aí que o roteiro é meio capenga, principalmente na seqüência final, onde os dois se juntam, mas não se juntam. gente, coé? tá pensando que o cara vai copiar o arriaga? deixa ele fazer do jeito dele. muito melhor que babel.
não achei a atriz que faz a namoradinha do santoro espetacular. a mariah, de baixio da bestas, continua sendo minha revelação-mór do ano. e o santoro continua me surpreendendo. se alguém que ler essas mal traçadas linhas for ver não por acaso, reparem no tom de voz do garoto: como é sutil e como muda. perfeito.
***
enfim.
o semestre vai acabar em uma semana.
o que eu aprendi na puc em 4 meses?
hummmm.
hummmmmmm.
a) para quem gosta de queijo: o melhor croissant de cinco queijos é vendido na barraca das tias, portão principal da puc.
b) toda quinta-feira rola sambinha-orgia-todo-mundo-bêbado no planetário da gávea.
c) 'se você quiser vencer na vida, tenha muitos contatos' - mantra espiritual repetido por 9 entre 10 professores.
d) se você quer fazer cinema, trate de lidar com burocracia, má vontade das pessoas, tripés que emperram, e irresponsabilidade alheia. e muita, muita, muita criatividade.
e) aprendi a ser mais zen e a estar de bem com a vida.