segunda-feira, 13 de junho de 2011

desajustada, troco os passos, erro a mão. tateio em busca de tinta (encontro carbonos usados). dos tapetes verdes, desculpe a poeira, ficaram apenas as panelas, ou melhor, as toalhas. aqui de cima, construí mistérios, tantos - ilhas forjadas à mão. não posso falar em fios mas em telefonemas permeáveis. ouvindo conversas alheias, descobri imperscrutável: talvez seja essa nossa relação. não posso deixar de sentir certa pena por nós, separados por assertiva linha; trincheira de horizontes, eu diria. de lá, vê-se um vazio. de cá, vejo apenas memória.