quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

mais uma vez, sentar diante da praia e esperar por um navio cargueiro. ouvir dos pesos da mercadoria, do calendário das marés, da luz que se esconde e vai reaparecer no norte, daqui a alguns dias.

mais uma vez, esperar por um navio que não virá. a palavra em busca do furacão - a língua seca, à espera de uma âncora qualquer. pois não vem e nem virá, menina.

existe culpa atravessada, culpa mordida, culpa estendida no varal de trás da casa? existe remédio para o amargor da quinta-feira, às três da tarde? quantas doses são necessárias?

dois dias passados entre pedras, à espera da movimentação dos recifes portugueses. da costa, não vejo nada.