segunda-feira, 12 de outubro de 2009

já nasci adulta; aliás, torne-me adulta muito cedo. queria ser como essas pessoas leves, que olham pela janela e avistam árvores, um resquício de nuvem, a vizinha chegando com maçãs frescas nas compras. meu olhar vê o sinal vermelho, o homem varrendo a rua, as flores amarelas que deitam sobre o asfalto.

minha esperança consiste em tornar-me criança à medida que os anos passem; esquecer as responsabilidades, aposentar os cintos de segurança, abrir os braços. sentir o vento.