um baile
um acidente arquitetônico de suave jazz
no estalar da língua
co
bo
gó.
talvez uma vertigem
(mania de espelhos,
nomeando-os guarda-sóis)
não há mar e o que resta de oceano
resvala pelos vãos de cimento
co
bo
gó.
os dezessete azulejos azuis na parede avisam:
basta o sopro.
como quando aprendi a voar:
seja firme
- mas não tão forte -
ao mergulhar em sal e,
sobretudo,
não se deixe queimar
(sobre a mesa,
o coração.
não nos iludamos:
diante das certezas,
os saltos.
os galopes.