sábado, 26 de março de 2011

cecília anda carente, escorando as paredes, brincando de se esconder nos lençóis - as portas das geladeiras todas abertas, o sinteco não chega nunca. a tinta ainda fresca. carência, carência - cecília liga, ninguém atende - ulisses espera, sentado, o dia da libertação. faz até um certo frio nesse apartamento, pensa cecília. resolve-se carência dormindo (nos sonhos, ninguém é sozinho; há sempre uma nova dimensão, uma outra porta, uma neve que cai).

cecília que.