domingo, 21 de novembro de 2010

eu tenho um gato chamado lou reed.

lou reed me morde; me acorda quando o dia ainda pede sono. lou reed vem me receber, todos os dias, na porta de casa. quando ele não está, o dia não faz sentido. (ele é um gato e tem seus momentos de solidão).

lou reed dorme comigo e não abre espaço para estranhos. para chegar até às encostas, é preciso passar por ele antes: pedir autorização. os olhos verdes de lou reed devoram meus receios de ontem.