domingo, 21 de dezembro de 2014

na estação um cansaço de
ter tragado duzentas manhãs
a língua enrola nos últimos passos
arreganha a fronteira
imediatamente você fecha os olhos
são toneladas de peso para
cruzar a última linha
àquela onde não se ouvem mais gritos
um baixo senhor puxa o tapete vermelho, porém
quem é você, verker?
estará verker conosco?
hoje verker lê poemas?
enquanto você se movia no café de kreuzberg
ocasionalmente
foram notados lampejos de felicidade