quero escrever um poema
que me calle a alma
como calam os portugueses
um poema simples em que todas as palavras acintem a mulher a
tire para dançar
em que os versos sejam livres e dancem toda noite adentro e que esqueçam
dos pés esqueçam dos lábios esqueçam de mim
sexta-feira, 18 de maio de 2012
sexta-feira, 11 de maio de 2012
quarta-feira, 9 de maio de 2012
terça-feira, 8 de maio de 2012
você não tem que ser bom
você não tem que atravessar o deserto
de joelhos
murmurando
eu sou o mar
você precisa apenas deixar o cavalo
correr solto
amar o que seja
amar como seja
[venha.
me conte das tuas dores
das tuas noites sem dormir
do ouro da tua pele
- arde
e arranca
te conto da minha escuridão
viver apesar de
viver esquecendo de
viver à revelia de
enquanto o mundo persiste em ser mundo
enquanto o sol e as frágeis gotas de chuva
avançam sobre a lagoa
sobre a areia
sobre o asfalto
sobre mim e sobre você
sobre os rostos que tremulam em
velhas fotografias
enquanto os pássaros
tolos e selvagens
mais uma vez voltam para casa
sob imenso céu azul
quem quer você seja
tão envidraçado esteja
o mundo se oferece
cão vadio a teus pés
te chama
como aos
tolos e selvagens
pássaros
te grita
conduz cada coisa
a seu lugar
(à tua volta tudo canta
tudo desconhece)
você não tem que atravessar o deserto
de joelhos
murmurando
eu sou o mar
você precisa apenas deixar o cavalo
correr solto
amar o que seja
amar como seja
[venha.
me conte das tuas dores
das tuas noites sem dormir
do ouro da tua pele
- arde
e arranca
te conto da minha escuridão
viver apesar de
viver esquecendo de
viver à revelia de
enquanto o mundo persiste em ser mundo
enquanto o sol e as frágeis gotas de chuva
avançam sobre a lagoa
sobre a areia
sobre o asfalto
sobre mim e sobre você
sobre os rostos que tremulam em
velhas fotografias
enquanto os pássaros
tolos e selvagens
mais uma vez voltam para casa
sob imenso céu azul
quem quer você seja
tão envidraçado esteja
o mundo se oferece
cão vadio a teus pés
te chama
como aos
tolos e selvagens
pássaros
te grita
conduz cada coisa
a seu lugar
(à tua volta tudo canta
tudo desconhece)
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