venha.
venha aqui me dizer que
o amor morreu
se é que você tem
coragem.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
o rio que corre dos teus olhos
inundou a minha sala
encharcou o tapete e os
armários
o rio que corre dos teus olhos
afogou as minhas roupas,
as velhas idéias
todos os nomes: os de batismo e
os de invenção
o rio que corre dos teus olhos
derramou peixes e pássaros
que comeram as notícias antigas
e as ordens de pagamento
o rio que corre dos teus olhos
me diz que o mundo é vulgar:
inundou a minha sala
encharcou o tapete e os
armários
o rio que corre dos teus olhos
afogou as minhas roupas,
as velhas idéias
todos os nomes: os de batismo e
os de invenção
o rio que corre dos teus olhos
derramou peixes e pássaros
que comeram as notícias antigas
e as ordens de pagamento
o rio que corre dos teus olhos
me diz que o mundo é vulgar:
dos braços,
faço um barco.
desagüo no silêncio fugidio
e dos teus olhos
viro mar
e dos teus olhos
viro mar
domingo, 12 de fevereiro de 2012
olho fixamente para as mulheres de quarenta anos
tentando reconhecer
algo ali que seja
meu.
tento descobrir em cada olhar,
pescoço, nuca
em cada rosto cansado pelo naufragar
- ou até pelo êxito -
dos sonhos & dos planos
os meus navios feitos de
areia e sal
ainda sorrirei com o canto da boca
quando minha mãe tiver desaparecido do dia?
revirarei as mãos para trás
- como aquela mulher, ali, em vermelho -
aplainando o cansaço de tanto
tato?
e o cabelo? seguirá feito de vendavais?
a mulher ao lado tem lindos fios de eternidade
pairando sobre as costas
- dançam, os brancos, dançam
maldita incapacidade da visão:
não me é permitido vislumbrar o futuro.
assim sendo, penso enfim como violino,
embalado em suaves ondas de solidão,
sabedoria e tempo.
talvez um dia, consiga.
tentando reconhecer
algo ali que seja
meu.
tento descobrir em cada olhar,
pescoço, nuca
em cada rosto cansado pelo naufragar
- ou até pelo êxito -
dos sonhos & dos planos
os meus navios feitos de
areia e sal
ainda sorrirei com o canto da boca
quando minha mãe tiver desaparecido do dia?
revirarei as mãos para trás
- como aquela mulher, ali, em vermelho -
aplainando o cansaço de tanto
tato?
e o cabelo? seguirá feito de vendavais?
a mulher ao lado tem lindos fios de eternidade
pairando sobre as costas
- dançam, os brancos, dançam
maldita incapacidade da visão:
não me é permitido vislumbrar o futuro.
assim sendo, penso enfim como violino,
embalado em suaves ondas de solidão,
sabedoria e tempo.
talvez um dia, consiga.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Assinar:
Postagens (Atom)