menino que traz o mar consigo em olhos, mãos e sonhos; menino que andava pela linha do trem, cortando os pés nas pedras e rindo manso, menino que abriu o portão tranquilamente, calmamente, sem estardalhaço e fez do chão de madeira o teto do mundo, onde ninguém o alcançaria; menino que desenhou nas paredes da minha casa um vermelho cetim de sangue, menino que subiu em minhas pernas e esqueceu os relógios; menino que mandou embora todos os espelhos, pratos, copos e calendários e deixou somente os lençóis.