segunda-feira, 24 de maio de 2010
mãe, o que a gente faz quando a saudade é tão grande que invade a sala e fixa residência? quando não adianta nem máquina de teletransporte, porque tá todo mundo espalhado por esse universo (pequeno alguns dias, imenso em outros) e o mcfly ainda dá de nocaute nesses cientistas inúteis? mãe, lembra daquela madrugada em que você acordou com desejo de brigadeiro e estávamos eu, lito, daniela e laura na cozinha? quando rimos, rimos, rimos até cansar e no dia seguinte ninguém foi à aula? ou era sábado? mãe, como é difícil levantar da cama para receber bordoada desse rio de janeiro - foi assim contigo também? pequena menina com desejos de conquistar o mundo e manter o sorriso no rosto: em meio a amores frustrados, amizades rompidas, distâncias, lâmpadas que quebram e pessoas que somem com nosso dinheiro. viver é, a cada troca de calendário, mais perigoso, mãe.