terça-feira, 4 de maio de 2010

aqui em santa teresa

encontrar a palavra certa é como, depois de muito procurar, descobrir o exato tom de verde (em acrílico) escondido atrás de tantas prateleiras dessas lojas de arte.


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meu redemoinho de medidas, babe: amar em colheres de café, esquecer em colheres de chá, justamente quando os armários deveriam estar vazios e empoeirados.


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papai, me empresta o carro? (tô precisando sumir por uns tempos.)


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em santa teresa, dorme-se pouco, bebe-se muito, fala-se apenas em galhofas e sodomas, e o medo tem contornos triangulares.


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meu amor, a beleza é tão insípida que você cruzou as nuvens, voltou repleto de unhas, garras e dentes, e eu sequer o vi passar.