sexta-feira, 21 de maio de 2010
essa história nossa perpassa a ironia, babe. ironia do tempo de agora, do trem que já partiu, em uma espécie de travelling que ficou à espera de algo acontecer (como um convite para o café, por exemplo). o oposto do olhar fixo: confiar na corda bamba como resposta para aquele questionário de médico, quanto você bebe por semana, qual a sua média de exercícios físicos, etc. a corda fixa, imóvel, nem feliz nem infeliz, mas andando - um passo para frente, dois passos para trás, chegamos a algum lugar, não é mesmo? daqui da gávea, a chuva resvala em memórias lilazes, jogos de palavras, manhãs em que acordar já não se fazia tão necessário assim: combinamos que enganar a todos é muito divertido. afrodite, a deusa do amor e do sexo, escolheu como um de seus amantes hermes, o mensageiro entre o céu e o inferno; tiveram como filho hermafrodito. alguns dizem que já nasceu com os dois sexos, outras versões teimam em dizer que foi a paixão obsessiva da ninfa que uniu os dois corpos para toda la eternidad. seja qual forem os pingos nos is, minha roupa é quase essa: ser mensageira da corda bomba. e você concorda que me veste muito bem.