da minha primeira casa, poucas lembranças: lá, do nono andar, vi a noite crescer e preencher o sono de elocubrações. da segunda, houve um pulo: já estava entre livros, tapetes e uma mata gigantesca, onde o verde virou quintal, janela, memória e, por fim, tudo. depois, a rebeldia, doce, servindo de calendário e o choro no meio da rua, escorrendo vermelho (por nada). a primeira casa, porta batida, varanda, amigos que nunca mais foram embora (graças a deus). lembro de uma foto que tirei na última noite: a visão da porta.