terceiro inverno no rio. você acha que ficaria mais fácil, mas qual. é ainda pior.
veio julho, e com ele mais um outro concurso que perdi. dessa vez, não foi de poesia, mas de cinema. a reação, entretanto, é a mesma: vou deixar pra lá esse troço que chamam "arte" e cuidar desse troço que chamam "vida".
lembro de todos os concursos que ganhei. o primeiro, no colégio de padres. o segundo, da tilibra - ganhei três cadernos. minha mãe ficou com dois. e o último, no meu antigo colégio. na hora de declamar a poesia, gelei e não levei o primeiro lugar. mas, ô, gente estúpida! se poeta gostasse de público ia ser ator.
cortei o cabelo. à espera da abertura de alguma cortina celestial a fim de me mostrar o melhor caminho. andar pelo acostamento tem lá suas vantagens e diversões próprias, mas uma direção, de vez em quando, nem que seja sinal de caminhoneiro.
e fica essa dorzinha aqui, costumeira, me avisando que existe uma janela muito fácil de ser aberta, e nela, não se precisa nem pensar.