segunda-feira, 6 de abril de 2009

diário de bordo do 569

um filme começa no roteiro. certo. mas ele se torna verdade na produção. o produtor é o arquiteto, o engenheiro; sem ele, o equipamento não chega no dia marcado, as filmagens são paradas por falta de autorização, os atores não decoram no tempo certo. cinema é e sempre será trabalho de equipe, e o diretor necessita estar alinhado com o produtor. no meu caso, por uma falha de alinhamento, a merda: as filmagens vão ser iniciadas uma semana mais cedo. o que é ruim pros atores, pra direção de arte e pro diretor de fotografia: no fim, todo mundo cai um pouco de pára-quedas no projeto. um bom produtor é coisa rara de se encontrar; precisa acordar às três da manhã para acalmar o faniquito da atriz insegura, às sete ligar para o cara da luz, às nove pegar os equipamentos, às onze levar o formulário de autorização em cada uma das locações, às treze, segurar o choro do diretor atormentado, às quinze, apressar a maquiagem e por aí segue. veja bem: a pessoa precisa realmente amar resolver pepino.