o inexorável movimento de afogar e desafogar-se; sentir entre os fios as pontas que vêm e vão, os relógios que me roubam os dias e os sapatos, todos eles contados. aplacar o choro com o casaco vermelho há muito esquecido na lavanderia e mais uma vez atravessar a rua com medo. assistir, pela segunda vez, em grande e cheia tela, à poesia que vira imagem e invade. tentar agarrar com os dedos uma sensação que me é cobrada em impostos e icms.