domingo, 19 de junho de 2011

não deveria ser assim tão complicado; afinal, somos tão pouco. a eterna dúvida entre as sobras da geladeira e o farfalhar de novas chaves - proponho um pacto: só tornaremos ao uruguai quando terminarmos todas as tarefas, você incluso. o que eu faço com você? teríamos uma irrepreensível pilastra entre - quando você pensa que aconteceu, há muitos - e as tomadas sem proteção, como ficam? elas podem queimar! fios desencapados: ah, as metáforas baratas. vamos falar sério, dessa vez. a história de nós dois seria um desalento desencontro ou esses pêlos tortos pelo chão? a xícara de café, claro, duas colheres de açúcar, puro e branco, o verde que não mais sai de mim - mas onde isso vai parar? ainda sonho em contar cores por detrás do alaska, e isso há, isso há. de mim, nascem tantos, nascem cidades, você não imagina. amarelinha em abridor de latas: um dois, um dois, um dois. rasga-se um tanto para atingir a outra manga do vestido. é assim mesmo, penso. (não, não é, retruco). ouço barulho qualquer, coisa fina, coisa pouca. o cheiro de amanhã, chuvoso, invade a janela, já premeditando os assuntos de pratos & tecidos - a nostalgia d'água, as lágrimas de quem não sabe exatamente aonde pisa. é agora, coração: furiosa, à toda, na contramão. não estamos na contramão, ela disse. (pensou). mas estamos.