eu estendo a mão
- você, já trôpego
pelo abismo
os ângulos, retorcidos
sequer conversam:
tigres de águas doces
desenhos em
carvão
uma voz que me martela
os dedos.
há dias em que quando acordo,
você,
há muito.
e me quedo quieta
contando as farpas de madeira
nos azulejos, ao lado da cama,
nos espelhos.
afinal, o que queres aqui?
asfalto?
pérolas?
a simetria dos horizontes:
- corre, corre,
corre(pelos vãos)