outra do mais do mesmo: não consigo passar muito tempo fazendo a mesma coisa, e começo a me perguntar se não estaria perdendo meu tempo fazendo essa atual. a segunda parte da tramóia é começar a pensar que, bem, já que estou pensando em explorar outros territórios, então talvez não seja exatamente capaz nessa minha área - e deva ir fazer alguma outra, como cantar, pintar, dirigir um circo ou trabalhar em um restaurante.
dessa sensação, de não pertencimento, de não encontramento, de não, não, não, nasce um choro bem amuado, um canto bem ali no quarto. não estou aqui, não estou lá, não estou com você, em nenhum lugar. essa estranha necessidade constante de mudança - para mais longe, mais longe, até a estrelas, mas vem comigo por favor - me coloca nesse trem-fantasma, partindo de uma estação que já se acaba na noite, distante e sem rumo, e o pior de tudo - vazio, com apenas uma passageira.